terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Primeira preocupação tem que ser como voltar a fazer crescer o Algarve

Alexandre Solleiro, CEO da Tivoli Hotels & Resorts (2)
Primeira preocupação tem que ser
como voltar a fazer crescer o Algarve
 10-01-2012 (15h23)

O Algarve, maior região turística portuguesa e onde a Tivoli tem o maior número de unidades hoteleiras, é também a “primeira preocupação” de Alexandre Solleiro, que defende que os esforços se concentrem em “como é que nós podemos fazer voltar a crescer o Algarve a nível de actividade e de preço”... com uma questão em aberto: o impacto da subida do IVA sobre o golfe, que é o principal produto para atrair turistas em época baixa.
“Está a sofrer bastante” é o diagnóstico que Alexandre Solleiro faz ao Algarve, onde a Tivoli conta com seis unidades, o Victoria - Vilamoura, o Marina Vilamoura, o Marina Portimão, o Carvoeiro, o Lagos e o The Residences at Victoria.
E pior ainda na época em curso. “O Inverno está a ser um problema muito sério. Nunca houve tantos hotéis fechados no Algarve como este ano, nunca houve taxas de ocupação tão baixas no Inverno como este ano no Algarve”, descreve o hoteleiro, que frisa: “é um tema muito sério”.
Alexandre Solleiro, no entanto, mostra-se esperançado. “Toda a gente está a tentar encontrar soluções e vamos ver o que nas próximas semanas e nos próximos meses será feito para que isto possa avançar”, diz.
Um dos motivos de esperança prende-se com o que ouviu da secretária de Estado do Turismo, no recente almoço com a associação da hotelaria (AHP), sobre a questão das acessibilidades ao Algarve.
“Eu fiquei muito contente pela maneira como a secretária de Estado abordou este tema da acessibilidade”, avançou Alexandre Solleiro, que citou designadamente o diagnóstico de Cecília Meireles, de que apenas os espanhóis podem chegar ao Algarve de carro e todos os outros o fazem de avião, pelo que a questão é “como é que nós vamos facilitar que venham cá”.
“É exactamente aquilo que eu particularmente tenho vindo a dizer, como é que vamos criar facilidade de acesso para os estrangeiros virem para cá”, observou Alexandre Solleiro, para quem o remédio é “ter mais ligações regulares”, porque só a Ryanair “não é suficiente, não é capaz de cobrir a capacidade instalada no Algarve, nem nada que se pareça”.
E as portagens nas SCUTS? Alexandre Solleiro defende que só são um problema para os turistas por que não está resolvida a questão de simplificar o pagamento.
“O problema não é o preço, é como é que se paga e como se simplifica a vida de toda a gente por forma a que as pessoas não digam é tão complicado que eu não vou...” sublinha, acrescentando que também a esse nível Cecília Meireles ficou com “uma série de inputs” do almoço com os hoteleiros.
“Eu tenho pena que não se tenha pensado nisso antes. Mas, enfim, que se resolva rapidamente”, não deixou de desabafar.

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